SEÇÕES

moedor de cana

por Guilherme Conde


uma data frustrante pro
café da manhã. Você
mastigando os restos verdeescuros
de um não-começo.
eu te deixaria depois
do Reich,
depois
da era presidenta da empatia,
mudaria uma palavra na porrada
repetiria sem entender,
saindo de um
relógio enguiçado, preso no mesmo
momento em que sinto uma projeção daquilo
que eu digitei errado. essas
mudanças de velocidade, epígrafe pra minha
vida, você decidiu escrever sobre
fantasmas dos cafés
da manhã, entre as xícaras.
mas a questão é, meu amor, de muita coisa
(aquele momento em determinada fala que a mói
por dentro e por fora, sem parar)
apertada aqui, sem erudição, natural para
trepar