plataforma de acesso
[ESCRITA-DE-VAGÃO] foi movida a partir do seguinte programa performativo¹:
[Portando bloco de papel A4 liso, caneta esferográfica na cor azul e celular com câmera fotográfica, entrar numa estação de metrô, conforme proximidade do lugar onde estiver habitando. Escolhida a estação, descer as escadas, pagar o bilhete de acesso, passar pelas catracas de acesso, descer mais escadas e, na área de embarque ao metrô, seguir o percurso do primeiro corpo passageiro que gerar impulso perceptivo no corpo. A cor de uma roupa, um gesto corporal, uma composição indumentária, enfim, algo que desperte no corpo a vontade de seguir instantaneamente, mas genuinamente. Embarcar no mesmo vagão e acompanhar o trajeto da pessoa escolhida, observando-a e, concomitantemente, escrevendo um texto sobre ela e/ou a partir dela. Acompanhá-la e escrevê-la até o momento em que desembarcar do vagão: instante em que deve dar ponto final ao texto e fazer uma composição fotográfica entre o papel e o espaço do metrô. Repetir esses procedimentos com outros corpos passageiros, continuadamente, pelo tempo que considerar necessário ou deixar que os acasos decidam a hora de parar. Dentre os procedimentos da ação, é radical a comunhão entre perseguição e escrita simultaneamente e ininterruptamente. Mas sempre no subsolo em movimento, nunca na superfície].