SEÇÕES

na superfície

por elilson


na superfície

Um rapaz me disse que era Giovanni, de Niterói. Outro rapaz me perguntou qual era o sentido da linha. E um terceiro me aconselhou seguir aí, escrevendo a minha ideia. Na minha cabeça dançam unha vermelha, menino gritando nome de chocolate e todos os meus corpos-guias dos quais sinto uma saudade que não sei caracterizar. Sei que ela me dá uma vontade de chão. Uma vontade de chão enquanto carros, bicicletas, camelôs, relógios, relógios, relógios, palavra fuzuê, palavra sede, palavra troca, palavra bateria, palavra vai lá, palavra fui, palavra vou, dançam por todos os redores do meu corpo desterritorializado, ao passo que uma beira de mão do Cristo Redentor aparece por detrás dos prédios de um dos lados para imprimir o óbvio: as pessoas é que são monumentos.

Eu fui. Eu vou. Pro chão.