beetlejuice
seu ruído
vem
redemoinho
chega saraivada
ou como
vagalumes desorientados
queimando constelação
sobre o torso diferente
a cada batida
a cada batida
a explosão atrás do esterno
a martelada na quinta costela
miriápodes
a passeio
na cervical
larvas e pupas entre leucócitos
mortos–murmúrio
na boca do estômago
o voo trepidante dos élitros
em fuga
resvala
nas pupilas que pedem
que fique
e fico
só a polpa
***
lebre
mira
o solo
é grave quase
firma
mas a nota que ascende
o teto que a opera
o dente de leão
e a naftalina,
não
ante o relvado
os pulmões
as pernas
únicas
o vapor
um salto
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Sobre o autor:
Andrea Marroquin, 1996 – migra. E curte um café.