“Fantasmagoria Performática: pistas para uma auto-constelação”
[cartas nunca enviadas]
{prólogo-inbox}
22/08/2015 12:56 Ana Bê Domingues
acordei com essas palavras na boca “fantasmagoria performática”
vou passar o dia tentando descobrir o que é isso...rs
22/08/2015 12:58 Raísa Curty
acho q isso está acontecendo. comigo, com vc...
22/08/2015 12:58 Ana Bê Domingues
será? um negócio do duplo
22/08/2015 12:59 Raísa Curty
do unoE do verso
22/08/2015 12:59 Ana Bê Domingues
acho que essa coisa de abraçar o fluxo faz a gente se multiplicar
e performar a existência em várias possibilidades, não apenas
físicas. vou pintar essa conversa hoje e ver o que ela me diz!
carta nº1
fantasmagoria performática
fan.tas.ma.go.ri.a per.for.má.ti.ca
substantivo descontínuo
1. portal
2. capacidade de fazer descolar um corpo d’alma
3. afirmação estrangeira do ventre
4. parir-se inversamente
5. deixar-se desvanecer-se pela(na) terra
pistas em ny
Astoria
arion place – Santeria
flushing
battery park
chassidic neighborhood
union square
raísa,
meu coração fractal inicia sua jornada consciente a
partir de Nova York, mas não se engane, o começo nunca existiu
[...]
ana bê
carta nº2
fantasmagoria performática
fan.tas.ma.go.ri.a per.for.má.ti.ca
substantivo descontínuo
6. mutação etérea auto-infligida
7. chave dimensional
8. reverberação da alma quando voa
9. conversão de sentidos
10.lusco-fusco neuronal
pistas em ny
Astoria
arion place – Santeria
flushing
battery park
chassidic neighborhood
union square
raísa,
passo pelo flushing e da janela do metrô avisto a ponte Rio-Niterói, digo umas tantas besteiras ao Wall y tramamos a revolução, como de costume. o corpo-nuvem, dissipa-se sem fastio [...]
ana bê
carta nº3
fantasmagoria performática
fan.tas.ma.go.ri.a per.for.má.ti.ca
substantivo descontínuo
11. dispositivo de profanação de espaço/tempo
12. replicar-se exponencialmente
13. plantar-se nas plêiades
14. possessão divergente
15. produção de luciferina
pistas em ny
Astoria
arion place – Santeria
flushing
battery park
chassidic neighborhood
union square
raísa,
detive-me nesta varanda por tempos imemoriais. vejo-a
vagueando, linda, o olhar de frente para o inverno que já chega.
ali, dançamos os ritmos da terra e também do ar, posto que
apreciamos muito o balé dos ventos. y no entanto, basta [...]
ana bê
{continua}