Conceito:
Para psicanálise de Freud, PHALLUS significa a representação da completude, do não sentimento de falta. De nada tem a ver com o órgão sexual masculino na forma literal. Ou seja qualquer coisa que tenha para uma pessoa a significação da completude. Completude humanamente impossível, inatingível. O falo é, em última análise, o significado da falta, conforme o define Lacan. O uso de signos contraditórios sugerem uma reflexão sobre construção da identidade, e desafiam realidade e a ficção nas relações. Juntos, os signos criam um paradoxo esvaziados pelo choque de sua co-presença. A identidade sexual e as normas sociais são quebradas, desconstruindo a identidade e o gênero, abrindo múltiplas possibilidades no campo do sensível. A ação questiona o acontecimento ao vivo perdido pelo espectador, mediado pelas imagens de uma câmera fotográfica. No momento que utilizamos a performance junto com os protocolos da fotografia, estamos compondo formas através de encontros, fazendo um deslocamento. A obra passa a acontecer entre dois contextos, numa dobra, onde o sentido provem de um sistema de diferenças entre duas formas quando mixadas.
Especificações técnicas
Titulo: PHALLUS
Concepção: Ana Montenegro e Barbara Cunha.
Ação: Ana Montenegro.
Fotografia: Barbara Cunha.
Ano: 2016.
Linguagem: performance para câmera.