dos grãos
para Zacca
um café para refazer-nos
de tanta quilometragem de tempo
meia colher de açúcar
sendo isto a sequência
ao que está posto
palavra em borra
louça que não junto
cascas vencidas
o dito pelo
talvez
um rosto vire a porta
em poeira
ou
em poeira
dissolva-me
a brecha de luz
como se faz ao perdoar
balé de partículas
incoreografáveis
piruetas da vida mínima
em plano-sequência
deixando a sala
cheiro dos grãos
que o mistério transpassa coleiras
e sobre sete mortes, mudo
mira da janela.
-
outono
alforria de folhas
pés e frutos
precipitados
quarteirões folhas
peixes
defuntos
em folha
as suaves
sugam lábios
roxamente
vinhos
cus
e entalam privadas
outono
peles em flor-
ação temporã
de minar a seco
ao vento
em que mãos acenam
e aceleram
para trás
o possível
livro
parto
lixo de rascunhos
branco-
breu